A efedrina é um
composto químico cristalino, encontrado em certas plantas da família das
efedráceas. A substância é uma amina similar aos derivados sintéticos da
anfetamina, muito utilizada em medicamentos para emagrecer, pois ela faz com
que o metabolismo acelere, queimando mais gordura (através da termogênese -
produção de calor), porém causa uma forte dependência, o que fez a droga ser
proibida para este uso. Esses remédios variam de 15 mg a 25 mg de efedrina por
comprimido. Atualmente, os remédios mais conhecidos que contém a droga são
Marax (25 mg) e Franol (15 mg). Há um tempo era encontrado na composição de
termogênicos (queimadores de gordura), porém após decorridas pesquisas ela foi
lentamente sendo substituída por outros componentes termogênicos, pois seu uso
continuado causava diversas complicações, dentre elas, perda de apetite,
insônia, etc.
Há
séculos seu uso com fins terapêuticos já era disseminado entre os chineses, que
utilizavam o extrato da planta desidratada (chamada de Ma huang) para o
tratamento de afecções respiratórias. Na medicina moderna, a efedrina já foi
usada como descongestionante nasal, broncodilatador e vasopressor, porém, o uso
terapêutico desses alcalóides tornou-se restrito por haver dúvidas quanto ao
seu perfil de segurança.
Atualmente, suplementos dietéticos que contêm efedrina e outros
alcalóides relacionados à efedrina são largamente consumidos em vários países,
com propósito de estímulo energético (aumento da performance atlética) e perda
de peso, apesar de estudos clínicos demonstrarem que esta redução é modesta e
ocorre apenas em curto prazo. Entre os efeitos colaterais na administração de
superdosagem: Eventos cardiovasculares adversos advindos do uso de efedrina já
são bem documentados na literatura, como hipertensão arterial, taquiarritmias,
infarto do miocárdio e morte súbita, além de relatos de miocardite associada ao
uso de compostos com efedrina. Acredita-se que o vasoespasmo por estímulo alfa
e beta adrenérgico seja o mecanismo tanto da miocardite quanto do infarto agudo
do miocárdio, e os efeitos adrenérgicos da efedrina, provocando diminuição do
período refratário, também permitem o desenvolvimento de arritmias. O efeito
cardiovascular da efedrina é, ao menos em parte, semelhante ao da cocaína, droga
que também causa estimulação alfa e beta adrenérgica, levando a aumento da
pressão arterial, aumento da freqüência cardíaca, vasoespasmo coronariano,
isquemia, infarto e arritmias.
Um coquetel bastante conhecido entre fisiculturistas e pessoas
que buscam emagrecer é a ECA, cujas siglas pertencem a substâncias que juntas
atuam de forma mais eficaz na queima de gorduras. Efedrina, cafeína e aspirina.
A cafeína é usada pois tem a capacidade de aumentar as concentrações
plasmáticas de adrenalina, que por sua vez aumenta a oxidação de gorduras. Além
disso, a combinação da cafeína/efedrina com aspirina parecem potencializar
ainda mais esses efeitos, principalmente no que se refere à supressão do
apetite. Hoje o mais potente termogênico é composto de 250 mg de asprina, com
20 mg de efedrina e 250 mg de cafeína.
Por Júnia Barreto.
Referências:
Artigo Científico - Revista Brasileira de Anestesiologia, Vol. 56, Nº 3, Maio-Junho 2006, Estudo Comparativo entre Efedrina e Etilefrina como Vasopressor para correção da Hipotensão Arterial Materna em Cesarianas Eletivas com Raquianestesia.
http://neonutre.com.br/2011/05/20/
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